quarta-feira, 9 de julho de 2014

 

VISÃO GERAL

 
 


  A engenharia clínica é um campo do conhecimento que deriva da engenharia biomédica e que foca na gestão de tecnologias de saúde, usando conhecimentos de engenharia e técnicas gerenciais para proporcionar uma melhoria nos cuidados dispensados ao paciente.
  Os engenheiros entraram no ambiente hospitalar americano nos anos 60 em resposta às preocupações com a segurança dos pacientes, bem como a rápida proliferação dos equipamentos e avanços na medicina. Logo, viram-se envolvidos com testes de performance e de segurança elétrica, bem como ações que promovessem o treinamento dos profissionais que utilizariam os equipamentos junto aos pacientes.
  Hoje, no cenário brasileiro, pode-se dizer que a engenharia clínica é composta por profissionais multidisciplinares que atuam em sua maioria dentro de um estabelecimento assistencial de saúde (EAS) ou numa rede de saúde e que agem cooperativamente com administradores e demais profissionais da assistência ao paciente no planejamento tecnológico de suas atividades produtivas e na seleção adequada, criteriosa e imparcial de tecnologias existentes no mercado visando segurança e custo/benefício. Assim, cabe a engenharia clinica analisar e oferecer ao administrador hospitalar e demais profissionais da assistência várias opções de escolha de tecnologias a partir de estudos científicos e, desta forma, estabelecer conjuntamente com os mesmos a especificação técnica detalhada para a comissão de compra ou para a comissão de ATS (avaliação de tecnologias em saúde).
  É através da engenharia clínica que ocorre a estratégia de gestão da vida útil da tecnologia incorporada, maximizando a produção da equipe de assistência com segurança através do ideal da promoção de um departamento ou setor interno ao EAS, composto por profissionais qualificados, que sejam capazes de realizar rotinas de manutenções preventivas e corretivas ou de verificações ou calibrações com maior agilidade e proximidade do setor assistencial demandante, com confiabilidade e orientação didática, haja vista que grande parte da demanda de serviços técnicos possui soluções simples ligadas ao ambiente ou à forma de uso.
  Em casos nos quais a solução é mais complexa e escapa à estrutura ou expertise do setor interno de engenharia clínica, a equipe interna age delegando e supervisionando a atividade contratada prestada por empresas de assistência técnica ou pelo fornecedor/fabricante do equipamento. De fato, é a equipe técnica de engenharia clínica do EAS que verifica em campo se a empresa contratada está agindo conforme os termos contratuais ou conforme o orçamento, com ética e segurança, fazendo a avaliação periódica da qualidade na prestação dos serviços pós-venda e, desta forma, gerando informações que podem influenciar novas aquisições de tecnologia.
  Neste contexto, o profissional técnico de engenharia clínica se posiciona de tal forma que pode vir a apontar falhas de segurança percebidas em projetos de tecnologias junto aos órgãos competentes e fabricantes, bem como apontar relação de dependência desleal de peças e outros abusos, e por isso a importância da imparcialidade do profissional e de seu compromisso com os valores do EAS para o qual trabalha. De fato, é reconhecida a engenharia clínica como importante componente na gestão de risco hospitalar, agindo nas causas-raízes dos eventos adversos e promovendo a sua mitigação e prevenção.

pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_clínica

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